Carta da Maçonaria Paraibana pelo Voto Consciente

A Maçonaria durante sua história sempre foi e continua presente a cada fato social, a cada acontecimento humanitário, sem medo e sem receios.

Mostramos recentemente sermos uma instituição forte, participante, competente e dinâmica. Participamos do Projeto Ficha Limpa. Entramos no projeto com muito orgulho e muita vontade de trabalhar na busca da valorização das pessoas honestas e corretas deste País.

A aprovação do Projeto Ficha Limpa, pelo Congresso Nacional, deve ser festejada como uma conquista dos cidadãos brasileiros, sobretudo porque foi gestado no seio da sociedade, que enfrentou a resistência de parte dos parlamentares e trouxe a esperança de mudança na qualidade da política. É uma demonstração de que a sociedade pode ocupar o espaço político sem deixar de ser sociedade.

O Ficha Limpa é o exemplo de que, apesar de todos os obstáculos, os cidadãos podem se mobilizar para fazer política. São raros os projetos dessa natureza que conseguem ser propostos ao Congresso, dada a dificuldade de se preencher os requisitos necessários: à adesão de 1% do eleitorado nacional distribuídos por, pelo menos, cinco estados.

É direito da sociedade exigir uma conduta ilibada do candidato à titularidade da função do Estado. Com a Lei da Ficha Limpa aprovada, não devemos tê-la como única forma de controlar quem será legitimado a representar o povo brasileiro. Nós, acima de qualquer dispositivo legal, é que somos responsáveis por quem colocamos no poder.

A lei deve ser vista como mais um auxílio para escolha dos candidatos, posto que esse exercício de cidadadania deve ser pautado por princípios éticos. Devemos, sim, buscar informações, sempre e cada vez mais, sobre as pessoas que queremos que nos representem na política institucionalizada.

É chegada a hora de um salto qualitativo de nossa amada nação rumo a uma democracia consolidada, fruto de uma melhora substancial dos padrões socioeconômicos e ambientais de nossa população. Uma instituição secular como a Maçonaria, inserida na sociedade, deve utilizar sua função filosófica, filantrópica e progressista, que pugna pelo aperfeiçoamento humano, para servir permanentemente à nação brasileira.

Devemos dar o exemplo e, se necessário, extirpar na carne. Estamos vigilantes para com os atos dos maus administradores do dinheiro público, para não abalar o prestígio, a credibilidade e a honestidade dos homens de bem. Essa é nossa obrigação.

Fiscalizar, orientar e participar do processo democrático é um compromisso do povo maçônico. O bom desempenho dos nossos dirigentes eleva a autoestima do povo brasileiro e melhora a sua sobrevivência.

Paixões e “razões” de política partidária, no âmbito de nossas lojas são proibidas e não devem sobrepor ao interesse maior da sociedade, que é eleger bons candidatos, independente da sigla partidária.

A liberdade do voto sem a compra dos mesmos tem que ser uma busca permanente do povo maçônico. Neste sentido as Lojas devem realizar palestras nos templos, nas escolas, nas comunidades e ao público em geral, mostrando o poder e o valor do voto.

Conscientizar aqueles que fazem a sociedade de que eleger o político honesto é assegurar uma conquista fundamental da sociedade.

Sendo a Maçonaria acessível aos homens de bem de todas as raças, classes e crenças, quer religiosa, quer políticas (excetuando as que privem o homem da liberdade de consciência, da manifestação do pensamento), é inaceitável que aqueles que fazem parte dos nossos quadros não participem ativamente desse processo de renovação pelo qual o país atravessa. É chegado o momento de sermos maçons atuantes.

Vamos contribuir para a consolidação da Liberdade, Igualdade e Fraternidade em nosso amado país chamado Brasil.

Dia do Maçom – João Pessoa – PB, 20 de agosto de 2010

Aderaldo Pereira de Oliveira
Grão-Mestre

Nenhum comentário:

Postar um comentário